por: Marina Milojević
Castoreum em perfumaria se refere ao característico extrato resinóide largamente usado como nota animalística. O cheiro do castóreo é selvagem e corporal, erótico e apaixonado, emprestando a quem o usa uma delicada aura de sensualidade. Este aroma tipicamente quente, carnal e próximo do couro é na verdade uma secreção oleosa odorífera amarelada do castor norte-americano Castor canadensis e do europeu Castor fiber. O odor do castóreo é muitas vezes descrito como forte, espalhando uma nota de breu de bétula que faz lembrar o cheiro do couro da Rússia. Quando diluído em álcool, o castóreo puro se derrete em nuances muito mais agradáveis de nuances frutadas e almiscaradas.
O castóreo é derivado da palavra grega Κάστωρ (Kastōr), que significa "castor." Castor era também um dos gêmeos Dioscuri/Gemini da mitologia Greco-Romana. Castor e Pollux eram irmãos gêmeos que partilhavam a mesma mãe mas tinham pais diferentes. Pollux era imortal mas Castor não era. Quando Castor morreu, Zeus ouviu a oração de Pollux que queria partilhar sua imortalidade com seu irmão falecido, e transformou os dois em estrelas juntas na mesma constelação de Gemini. Apesar de o castóreo cheirar divinamente, a verdadeira origem da palavra grega parece estar relacionada com a palavra em Sanscrito para almíscar, que era kasturi.
O castóreo é mencionado nas obras dos comentadores antigos que erradamente acreditavam que esta substância almiscarada era derivada dos testículos do castor. Nos seus relatos, Aesop, o importante fabulista grego, conta a conhecida falácia do caçador que dizia que o castor encurralado morde seus próprios testículos, para os atirar ao caçador e assim escapar à morte.
Os castores eram largamente perseguidos, não por seus testículos mas pela sua carne, seu pelo à prova de água usado para fazer chapéus, e também por suas glândulas anais presentes em ambos os sexos, usadas para segregar atractores sexuais. Por esta razão, o castóreo chegava a ser usado como afrodisíaco, para seduzir e atrair o sexo oposto por causa de sua pura e sensual força vital animalística.
Os castores eram largamente perseguidos, não por seus testículos mas pela sua carne, seu pelo à prova de água usado para fazer chapéus, e também por suas glândulas anais presentes em ambos os sexos, usadas para segregar atractores sexuais. Por esta razão, o castóreo chegava a ser usado como afrodisíaco, para seduzir e atrair o sexo oposto por causa de sua pura e sensual força vital animalística.
É conhecido na materia medica como remédio para as dores de cabeça, febre e histeria. Até Paracelso, médico, botânico, alquimista, astrólogo e ocultista suíco renascentista, ensina sobre esta óleo odorífero como cura para a epilepsia. Não existem elementos para provar que o castóreo funcionava como remédio tradicional, mas sabe-se que os castores se alimentam do interior da casca do salgueiro, que contém ácido salicílico, quimicamente similar ao princípio ativo da aspirina.
Em tempos mais recentes, no início do século XX, o castóreo obtido das glândulas do castor era ainda usado em perfumes de luxo. Mas muito antes, no século XVI, este animal tinha sido caçado até à extinção na Escócia. O hábito de matar um animal para obter o óleo perfumado era brutal e cruel, não sendo apropriado para matérias ricas como os perfumes. Atualmente, ele foi substituído por castóreo quimicamente sintetizado, que é completamente obtido em laboratório. O castóreo sintético ecoa em muitas criações importantes de perfumaria tais como Shalimar de Guerlain, Emeraude de Coty, Magie Noire de Lancôme, Antaeus de Chanel, Givenchy III de Hubert de Givenchy, Colonia Russa de Santa Maria Novella, e muitas outras.
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