quarta-feira, 15 de julho de 2015

La Panthere de Cartier (2014) por Mathilde Laurent


La Panthere Cartier Feminino

La panthere não foi concebido para agradar a todos, primeiro por que aposta no Chipre Floral, que não é uma das famílias mais amadas nos trópicos, e também por utilizar um aroma absoluto floral para comandar a composição. O aroma absoluto de gardênia (Com um perfume de flores brancas aliado a tons de aromas verdes, podendo lembrar  tuberosa) é potente e incisivo, e um tanto lascivo. Ele tem uma ajuda de um certo verde amargo do ruibarbo e uma sensação de que exageraram no almíscar. Nas frutas secas predomina o damasco. Uma das características da gardênia é lembrar a talco  e nisto , uma boa referência é a abertura e desenvolvimento do Amarige de Givenchy. Lembra até mesmo nas notas de Ylang Ylang que adocicam junto a uma rosa fresca e suave. É um impacto que nem sempre vai agradar e deve ser suportado até a entrada das notas de amadeiradas folheáceas e cremosas. Toque discretos de couro, um pouco mais de almíscar e um sentimento de que esqueceram de colocar algo nesse ponto. Parece que está seco em demasia e o adocicado parece ficar disfarçado pelas flores. 
Como se não bastasse a projeção e fixação são eximias. Mas por que amar La panthere então? 
Ele é muito elegante e ganha um nicho de mulheres que gostam de ser chiques e sóbrias. Em momento algum ele é enjoativo ou sufocante. Tudo ocorre de um forma bem delineada, madura e formosa. E ele é muito mais que um perfume, parece um estilo de vida, uma nova interpretação de clássicos que ficaram ultrapassados no nome mas agradam madames e mulheres que amam luxo e requinte.
 

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