A história da elegante marca italiana, especializada em moda masculina, começou em 1910 quando Ermenegildo Zegna, aos 18 anos de idade e caçula de dez irmãos, iniciou o processo de transformação do pequeno negócio têxtil de seu pai, Michelangelo, chamado Lanificio Zegna (do italiano “lanifício”, que significa fábrica de lã), em Trivero, ao norte da Itália, na bela região alpina de Biella. O novo gestor tinha um objetivo ousado: produzir os melhores tecidos para roupas tão bons a ponto de competir com aqueles fabricados na Grã-Bretanha, considerados então os melhores do mundo. Para que seus tecidos pudessem atender à prestigiada alfaiataria inglesa, ele foi buscar equipamentos na Inglaterra, e as melhores lãs na Austrália, África do Sul, Nova Zelândia e Tasmânia, além de cashmere, na Mongólia.
A próxima etapa foi tornar sua marca conhecida mundialmente, sendo o primeiro a “assinar” tecidos com seu próprio nome. Naquele tempo, a Inglaterra e a Escócia dominavam o mercado, mas o talentoso Zegna acabou por se impor através de um cuidadoso processo de produção, produtos inovadores e de alta qualidade, confeccionados com as melhores matérias primas, além da competência na promoção e divulgação da marca. “Uma qualidade proverbial” era o slogan dos primeiros anúncios então veiculados.
Não demorou muito para a marca ERMENEGILDO ZEGNA se tornar sinônimo dos melhores produtos têxteis da Itália e parâmetro de qualidade no mundo todo. Já em 1932, Ermenegildo construiu o Centro Zegna, equipado com biblioteca, cinema, teatro, piscina pública e até hospital. A idéia ganhou investimentos ao longo do tempo, como a Panorâmica Zegna, um percurso turístico de 14 km, que liga Trivero na Itália aos Alpes de Bielmonte na Suíça. E ainda conta com a Fundação ERMENEGILDO ZEGNA, que cuida de projetos ecológicos e culturais em vários pontos do mundo. No ano de 1938 a marca já exportava seus produtos de alta qualidade para 40 países, inclusive para os Estados Unidos, embora, em virtude dos altos preços, sua venda tenha sido feita em números limitados durante os tempos da depressão e da Segunda Guerra Mundial. Por essa época, a empresa já contava com um representante também no Brasil.
Foi nas mãos da terceira geração da família que a marca de tecidos ERMENEGILDO ZEGNA se transformou em uma cobiçada grife de luxo. Angelo e Aldo, filhos de Ermenegildo, assumiram a direção em 1960 e a empresa passou a produzir peças de alfaiataria e uma linha prêt-à-porter. Após esse primeiro passo, expandiram então a oferta de produtos, criando linhas esportivas, acessórios e malhas de tricô. Todos os ternos da ERMENEGILDO ZEGNA eram feitos sob medida até 1968, quando então os irmãos lançaram a linha de ternos prontos para venda comercial. A nova linha foi produzida na fábrica localizada em Novara, na Itália. Em 1973 foi inaugurada a primeira fábrica estrangeira da marca, localizada na vizinha Espanha, seguida em 1975 por outra na Grécia (fechada dois anos mais tarde por não ser lucrativa), e em 1977 na Suíça.
Foi somente na década de 80 que a marca abriu suas primeiras lojas próprias em Paris, no ano de 1980, e na cidade de Milão em 1985. O aumento da produção levou o grupo a investir em mercados estrangeiros, resultando na abertura de filiais em países como Alemanha, Grã-Bretanha, Espanha, Turquia, México, Estados Unidos (sua primeira loja própria foi inaugurada em 1989), Japão e, mais recentemente, na China (1991), Hong Kong, Coréia, Cingapura, Taiwan e Austrália, além da criação de unidades de produção na Espanha e Suíça, controladas diretamente pelo grupo italiano. Desembarcou no Brasil através de uma parceria com a Daslu em 1998, bem antes de outras marcas de luxo descobrirem que o país tinha potencial para rápido crescimento. A primeira loja no Brasil foi inaugurada no Shopping Iguatemi, em São Paulo, no ano de 2001, com alguns destaques que ostentam o luxo da decoração: luminárias alemãs, pedras israelenses no chão e mobiliários italianos. Nos anos seguintes a ERMENEGILDO ZEGNA ampliou sua linha de produtos com o lançamento de seus primeiros perfumes, óculos escuros, acessórios em couro, roupas íntimas e até uma linha mais jovem e casual de roupas e acessórios. Por isso, hoje em dia, a ERMENEGILDO ZEGNA além de oferecer seus ternos bem cortados, camisas e casacos, trabalha bastante os acessórios e se renovou com uma linha mais casual, sem perder de vista o conceito de “chique” aspiracional que deriva de todas as marcas de luxo.
FONTE :http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2006/06/ermenegildo-zegna-imponncia-italiana.html
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