quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Iris Dragées de Lancome

Não saberia como iniciar uma resenha sobre essa fragrância sem situar o modo como a conheci e a forma que foi apresentada a mim. Um colega que esteve fazendo uma "jornada" e focou em conhecer novas essências e composições  enquanto estava fora do país, resolveu enviar uma análise sobre as três fragrâncias da coleção les parfums grand crus da Lancôme.
Em sua resenha ele teceu o seguinte comentário sobre Iris Dragées:
"Pífio, desconcertado e quase inodoro"
Isso voltou minha atenção mais a ele (Iris)  do que aos outros dois, principalmente por estar lecionando sobre perfumes visto que ainda não tinha visto esse colega usar três palavras negativas para uma fragrância. A composição já não me animaria apenas pela descrição encontrada: "Iris e amêndoas açucaradas". Essa combinação despertou em minha mente um "fuja para as montanhas", imediato.

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Não fosse isso causa suficiente para eu descartar a possibilidade de resenhar essa composição , ainda ganhei uma paixão imediata por Santal Kardamon. Apenas uma borrifada e já estava apaixonado.
Minha primeira tentativa com Iris Dragées foi um fiasco. Esse "Gourmet" que causa tanto amor e polêmica me enjoa muito fácil, não sou um gourmand quanto a esse tipo de composição. Eu não conseguia encontrar o floral que tantos descreveram. Era doce e nada agradável em minha pele. Foi o suficiente para abandonar.
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Ha  pouco resolvi revisar algumas composições com o intuito de expandir um pouco minha mente em relação às limitações que me coloco quando o assunto são fragrâncias. Com o tempo e o convívio com as essências e essenciais passei a imaginar outras formas de criar perfumes sem seguir o tradicional, o que é um desafio para todos os artesãos de perfumes em geral.

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De pronto fui ao Iris Dragées já que ele já havia tornado-se um tabu para mim ( como os DHI e Valentino Uomo da vida). Não poupei borrifadas! Mais de dez tenho certeza ( tenho em média uns 10 ml dessa fragrância, não mais que isso). Bom! Não tinha nada a fazer além de dar aula e já esta próximo ao horário por isso só aguardei.
Aquela fragrância me incomodava mas ao mesmo tempo achava confortável em algum aspecto.

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Durante a aula um e outro perguntou sobre um aroma agradável na sala e não demorei a perceber que era a composição que eu usava. Em poucas horas (não mais que duas) eu apreciava apenas um almiscarado floral com um fundo adocicado bem confortável e neste ponto eu gostei. A perfume ficou bem mais agradável na roupa e durou um bom tempo, o que me causou determinada simpatia por ele.
Resumo da ópera:
Por mais que o título de exclusivo remeta a algo que parece ser diferenciado , Iris Dragées não se encaixa nessa descrição. É uma fragrância bonitinha e parecida com perfumes bem mais populares o que não lhe atribui custo/benefício. O mesmo acontece com a silagem que é pequena.
Sua capacidade de provocar reações é até animadora mas não compensa qualquer investimento nele.
Porém existe um público que vai adora-lo. Pessoas que não gostam de perfumes fortes e que não se  acostumam com fragrâncias adocicadas, apesar de agradar-se com elas.
Entendo que talvez deva fazer uma revisão nesta impressão devido ao pouco tempo de convívio com a fragrância antes da resenha mas por enquanto vou me ater a essa simples análise.
Abraços

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