quinta-feira, 28 de março de 2019

Viking de Creed (2017)

Realmente os preços da casa Creed são muito salgados para minha humilde persona e vejo que nem sempre suas fragrância me impressionam. Estou em um momento "desmistificar" algumas composições e, por sorte, fui presenteado com uma boa quantidade de decants de casa mais requintadas "nicho". 
Agora me aguenta que estou "podre de chique"! 
Mesmo que seja para criticar, vão ter que me engolir. 
Enfim!
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Resolvi resenhar Viking por uma questão óbvia, já que não são muito boas as críticas contra ele e a composição continua vendendo muito no Brasil.
O que dizer?
Eu passo uma boa parte do meu tempo fabricando perfumes, analisando composições , criando composições. As vezes termino algo e digo : "que bosta!" 
Logo  passo para a fase de testes e sempre sou contrariado. Parece que quanto mais eu não gosto de uma composição mais pessoas aparecem para elogia-las.  Quem está aguardando minha crítica sobre White Patchouli da TF  vai ter que aguentar um pouco mais por que ainda não cheguei a um veredito. 
Viking foi um dos poucos perfumes que ,realmente, ninguém gostou durante os testes.
Eu tentei dar algumas chances a mais a essa composição,afinal é um Creed. Como falar mal de algo que é tão valorizado pela excelência.
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Infelizmente não vou poder tecer comentários positivos sobre ele. Ele irrita profundamente minhas narinas com algo que compreendo ser pimenta. Mas não é esse o caso. Em si, a composição é incompatível com nosso clima. A fragrância é invasiva apesar de não ser "quente" , como alguns colegas a classificaram. 
Tem uma mistura fresca que deveria lembrar uma lavanda imperial encorpada mas o que eu sinto é um aroma saponáceo estranho. 
Tem um lado positivo? 
Tem !
As notas que muitos descrevem como atalcadas que aparecem depois da explosão inicial, quase me fizeram mudar de ideia, já que são confortáveis.
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Mas fica nisso!
Meu olfato amadureceu muito nos últimos anos. Já não sou o fã absoluto de algumas fragrâncias que amava tanto a ponto de gravar vídeos no YouTube ( tomara que não me submeta mais a esse tipo de estresses) .  
Existe mais um ponto positivo no Viking, algo que ninguém comenta. As notas de fundo são amargas e herbais. A um certo ponto entendo que o Patchouli garante uma vida extra à composição. 
Agora ! Pagar mais de mil e quatrocentos reais por um frasco dele  eu acho um desaforo. Compensa comprar um Noir Anthracite de Tom Ford, que é estranho mas desenvolve-se extremamente bem com o tempo. (aguarde resenha).
Meu conselho. Se não for por admiração e  para completar uma coleção, não gaste com Viking, não vale a pena.

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